Leis de incentivo a cultura, uma prosa

A criação e aprovação das leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo chegam como alívio e importante marco para o campo artístico cultural voltar a alavancar a economia brasileira. 

Quando o poder público entende que ao investir em cultura e ou propor políticas públicas para o setor cultural, o resultado não reflete ou é desfrutado somente no seio da classe artística, é sabido e comprovado que o benefício e o resultado positivo atingirá toda a sociedade. 

As leis de incentivo à cultura e parcerias públicas são muito claras ao exigirem as contrapartidas a todos aqueles que se beneficiarem de seus recursos, envolvendo apresentações ou exibições gratuitas a diversas comunidades, além, de que, vários projetos já têm em suas propostas estas apresentações sem “bilheteria”. 

Assim, quando a cultura é valorizada, todos saem ganhando. 

Fica a marca que investir em cultura resulta em um impacto positivo para toda a sociedade. Não se tem gastos com cultura, sim, investimentos. 

O setor artístico-cultural, não exige e nem solicita um financiamento alto; pelo contrário, é o setor que tem o orçamento mais baixo em comparação com os gastos em outras áreas e setores. 

O município que aposta na cultura só tem resultados positivos, inclusive do ponto de vista econômico. É óbvio que qualquer agência, instituição e ou órgão público terá grande dificuldade em calcular o retorno do investimento público no setor cultural por seus fatores intangíveis, mas ele existe. 

Em uma pesquisa recente que procurava saber se as leis estavam onerando o Estado, sem levar em conta o valor intangível da cultura, concluiu-se que havia um retorno positivo:

Para cada R$ 1 investido na cultura, existe R$ 1,79 de retorno, ou seja, 79% de retorno. 

É alto o retorno dos projetos culturais frutos de incentivo público. Em 2018 a lei Rouanet gerou R$ 31 bilhões em renúncia fiscal e esses R$ 31 bilhões não só retornaram à economia como também foram gerados mais R$ 18,56 bilhões. 

As leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc vão inserir no mercado cultural quase 7 bilhões.

Você sabe qual é o valor destinado à sua cidade? Como será o processo? Quais projetos poderão apresentar em cada lei? Quando será lançado os editais? Quem poderá participar? Tem dúvidas? 

Fale conosco na Dell Art e acompanhe as redes, pois em breve traremos novidades sobre as Leis de Emergência Cultural.

Uma curadoria de artistas e ativistas indígenas

O Dia Internacional dos Povos Indígenas foi criado em 1995, pela ONU visando garantir a autodeterminação das condições de vida e cultura, e os direitos humanos às diversas etnias indígenas do planeta.

Como espaço cultural, reconhecemos que a resistência cultural dos povos indígenas precisa do apoio popular, diante tantas injustiças e violência enfrentadas. 

Sabemos que é através das políticas públicas igualitárias é que podemos assegurar a segurança e cultura dos povos indígenas. 

Como sabemos que vocês que nos acompanham são apaixonados por arte e cultura, trouxemos hoje para o site uma curadoria de artistas e ativistas indígenas na atualidade, pra você acompanhar e conferir.

Denilson Beniwa

É um dos artistas visuais mais importantes da atualidade, foi vencedor do prêmio PIPA em 2019. Além de pinturas, gravuras e colagens, o artista utiliza também a performance para explorar sua temática principal que é a desmistificação do que é ser indígena de acordo com o imaginário ocidental. 

Katu Mirim

Rapper, cantora, compositora, atriz e ativista indígena. 

Em seu trabalho, Katu busca desconstruir o estereótipo indígena e alertar sobre as pautas de urgência indígena.  

Ailton Krenak

É uma importante liderança indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor.

Ailton Krenak tem um percurso de muito respeito, participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Brasileira de 1988, participou também da fundação da União dos Povos Indígenas, da Aliança dos Povos da Floresta, e muitos outros momentos políticos pela preservação de território, povo e cultura indígena. 

Kaê Guajajara

Cantora, compositora, atriz e autora, do povo Guajajara. 

Kaê é fundadora do Coletivo Azuruhu e autora do livro Descomplicando com Kaê Guajajara – O que você precisa saber sobre os povos originários e como ajudar na luta antirracista.

Até a próxima curadoria Dell’art.